Este texto é a reprodução da matéria publicada no dia 17/02/2021 pelo Portal ES360, disponível em: https://es360.com.br/empreendedorismo-social-uma-iniciativa-nao-tao-distante-do-mundo-dos-negocios/
Empreendedorismo é papo de empresa…
Empreendedorismo é somente papo de empresa? Engana-se quem limita o ato de empreender ao mundo dos negócios. O empreendedorismo pode e deve trazer mudanças na sociedade. Mas de que maneira? Através do empreendedorismo social. Porém, não pense que empreender com foco no socioambiental seja menos desafiador.
O que é empreendedorismo social?
O ano é 2004 e o médico capixaba Marcos Daniel Santos enxerga a oportunidade de impactar a sociedade através da conservação da natureza. Dr. Marcos, então, fundou o Instituto de Ensino, Pesquisa e Conservação Ambiental Marcos Daniel (IMD). O IMD é uma associação sem fins lucrativos que materializa o empreendedorismo social. Afinal, o Dr. Marcos buscou promover a mudança através de oportunidades encontradas na relação entre o homem e a natureza. Este é o empreendedorismo com foco no social. O objetivo não é lucro, e sim o desenvolvimento do meio em que estamos inseridos.
E, você, tem o desejo de empreender com essa visão também? Veja a seguir um pouco das responsabilidades administrativas, contábeis e jurídicas de um empreendedor social, que não estão aquém dos negócios em geral.
Burocracia, contabilidade e jurídico
Capitar recursos. Reunir ideias. Liderar equipe. Lidar com a contabilidade, jurídico e burocracias. Esses são só alguns dos desafios que o empreendedor social enfrenta no seu dia-a-dia.
Líderes de ONGs muitas das vezes não estão cientes que uma organização sem fins lucrativos demanda organização, gestão e dinheiro. O terceiro setor, em termos administrativos, não se distancia do mundo dos negócios.
A burocracia brasileira para que seja mantida uma entidade sem fins lucrativos é consideravelmente maior se comparada a uma microempresa, por exemplo. Somente no âmbito da Receita Federal, as ONGs devem apresentar mais de 08 declarações ao governo. Importante mencionar também que essas entidades são fiscalizadas pelo Ministério Público, o que traz ainda maior grau de responsabilidade contábil e jurídica aos diretores.
Além disso, a entidade necessita de recursos financeiros para se financiar. Mesmo que sem fins lucrativos, as organizações do terceiro setor possuem certa finalidade econômica. Então, seus líderes precisam a todo momento buscar fontes de receita, seja através de editais, patrocínios, prestação de serviços ou comércio de pequenos itens e souvenires.
Sem contar a gestão dos recursos humanos. Existem ONGs que sobrevivem com poucas mãos e todas as atribuições recaem sobre o idealizador do projeto. Ou, em outras situações, as equipes são grandes, o que demanda investimentos em pessoas e capacitação.
Quais as dicas então?
Empreender nunca foi fácil. Seja com foco no ganho social ou financeiro, o empreendedorismo é desafiador. Mas para tornar a jornada mais leve, aqui vão 5 dicas:
1 – Realize um planejamento estratégico com sua missão, visão e valores; 2 – Realize um orçamento anual a partir do planejamento estratégico; 3 – Reúna pessoas comprometidas com a ideia para dividir as responsabilidades; 4 – Cerque-se de bons profissionais contábeis e jurídicos para caminhar ao seu lado, protegendo a sua ONG; 5 – Acredite no seu ideal. Defenda com unhas e dentes sua ideia e seja resiliente.
O Projeto Caiman é uma realização:
- Instituto Marcos Daniel; @imdbrasil
- Projeto Caiman; @projetocaiman
Parceira:
- Instituto Últimos Refúgios; @ultimosrefugios
Texto:
- Alan Pierre; @alanpierrecontador - Thadeu Barcelos: @thadeuocontador
Ilustração:
- Fernando Paulino; @inando.bio
Patrocínio:
- ArcelorMittal Tubarão; @arcelormittaltubarao
Fonte:
Jornal ES360; @es360portal
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