O PCSA apresenta uma linha do tempo mostrando os acontecimentos que consideramos mais importantes na história da Saíra-apunhalada.
Começamos com o artigo de descrição da espécie, depois os primeiros registros em cada localidade onde ela já foi encontrada.
E por fim, com a criação do presente Programa de Conservação Saíra-apunhalada.
Linha do tempo - Você sabia?
1870 - Foi o ano da descrição da espécie.
O trabalho foi escrito pelo alemão Jean Louis Cabanis, baseado em uma saíra-apunhalada capturada no município de Muriaé - MG.
Essa saíra faz parte da coleção ornitológica do Museu de História Natural de Berlim.
Veja o Holótipo utilizado para a descrição da espécie em: http://www.mfn-wissensdinge.de/
Imagem do artigo que descreveu a espécie para a ciência: www.biodiversitylibrary.org
1941 - Avistamento em Itrana-ES.
Após 71 anos sem notícias de registros da Saíra-apunhalada, o ornitólogo alemão Hemult Sick, durante o periodo em que morou em Itarana no ES, avistou um bando com 8 indivíduos na copa das árvores na localidade de Jatibocas.
“Of this species, known only by the type from Muriaé, Minas Gerais, north bank of rio Paraiba, 1870 (I have seen the type in the Berlin Museum), I saw on 8 Aug 1941 in the region of Jatiboca, Espirito Santo, 900 m, a flock of 8 in the canopy of the forest. They were not associated with any other birds.” Hemult Sick
Sick, H. Notes no some Brasilian birds. Bull. Brit. Orn. Club 99: 115 - 120 (1979).
1995 - Novo avistamento após 54 anos.
Após outro longo período (54 anos) sem avistamentos, o ornitólogo inglês Derek A. Scott observou uma Saíra onde é hoje a Rerserva Biológica Augusto Ruschi em Santa Teresa.
Diante de tão poucas informações existentes sobre a saíra na época, Derek publicou uma nota com o seguinte título:
“A possible re-sighting of the Cherry-throated Tanager Nemosia rourei in Espírito Santo, Brazil”
Trecho do texto publicado:
“...assim como a pouco provável possibilidade de que uma pequena população de Nemosia rourei tenha passado desapercebida em Nova Lombardia, a qual comparativamente é uma reserva bem estudada. Os ornitólogos que visitem esta área são advertidos para procurarem a espécie.”
SCOTT, D.A. 1988. A possible re-sighting of the Cherry-throated Tanager Nemosia rourei
in Espírito Santo, Brazil. Cotinga 7: 61-63.
Anos depois uma população de saíra-apunhalada foi confirmada no local com gravações e fotos.
1998 - A REDESCOBERTA: Primeiras fotografias e gravação do canto.
Desde 1870 (128 anos) não eram apresentadas provas da existência da Saíra-apunhalada. Existiam apenas os relatos de avistamento dos experientes ornitólogos H. Sick e D. Scott.
Em 1998 o ornitólogo J. Fernando Pacheco publicou uma nota informando que ele e sua equipe haviam não só encontrado um bando com pelo menos 4 Saíras em Conceição do Castelo no ES, mas que também teriam fotografado e gravado a vocalização das aves.
Pacheco, J. F. (1998) Cherry-throated Tanager Nemosia rourei rediscovered. Cotinga 9: 41.
2003 (Setembro) - Avistamento de grupo com 8 saíras.
Um grupo de ornitólogos e observadores de aves que visitavam as matas da localidade de Castelinho, avistaram 8 Saíras no topo de uma árvore.
Esse foi o primeiro registro de Saíra-apunhalada para o município de Vargem Alta - ES.
O registro foi publicado em 2005 e trouxe muitas informações adicionais sobre a Saíra.
VENTURINI, A. C., PAZ, P. R & KIRWAN, G. 2005. A new locality and records of Cherry-throated tanager Nemosia rourei in Espírito Santo, south-east Brazil, with fresh natural history data for the species. Cotinga 24: 60-70.
2003 (Dezembro) - Primeiro registro no município de Castelo - ES.
Durante uma pesquisa na região do Parque Estadual do Forno Grande, foram observadas 4 Saíras-apunhaladas.
Esse foi o primeiro registro no município de Castelo - ES.
O local era próximo do primeiro avistamento feito em Vargem Alta meses antes.
RIBON, R. ; MORAIS, F. C. ; LUIZ, Edson Ribeiro ; MORAES, L. L. ; Dornelas, A. A. F. ; Araújo, C. M. ; Khoury, C. A. . Relatório Final - Avifauna - Inventariamento e Monitoramento da Avifauna do Parque Estadual do Forno Grande e Fazenda Forno Grande - ES. 2004. (Relatório de pesquisa).
2020 - O Programa de Conservação da saíra-apunhalada.
O IMD - Instituto Marcos Daniel e a empresa TCC - Transmissora Caminho do Café, iniciam o Programa de Conservação da Saíra-Apunhalada.
As ações previstas no plano de trabalho, contemplam além das pesquisas de campo, ações de sensibilização,educação ambiental e engajamento comunitário nas práticas de conservação dos remanescentes de Mata Atlântica, das espécies existentes e também, envolver o turismo local, pois além da relevância ecológica, o local é um dos principais sítios turísticos do Espírito Santo.
Para saber mais sobre o projeto, acesso:
O PCSA - Programa de Conservação da Saíra-Apunhalada
As ações do programa serão nas últimas áreas onde a saíra-apunhalada ocorre, na região conhecida como Mata de Caetés, compreendendo os municípios Castelo, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante e Domingos Martins. Além da Mata de Caetés, as pesquisas do programa se estenderão para Santa Teresa, Itarana e região do Caparaó, onde a saíra-apunhalada já ocorreu no passado.
O Programa de Conservação da Saíra-Apunhalada baseia-se nas políticas públicas previstas no Plano de Ação Nacional das Aves da Mata Atlântica do ICMBio. As ações previstas contemplam pesquisas científicas sobre a espécie, ações de sensibilização, educação ambiental, engajamento comunitário e apoio ao ecoturismo com foco na observação de aves (birdwatching).
O Programa de Conservação da Saíra-Apunhalada (PCSA) é uma parceria do IMD com a TCC -Transmissora Caminho do Café, e atende uma demanda dos órgãos ambientais IBAMA e IEMA e das comunidades, que solicitaram à TCC patrocínio para conservação da espécie. A TCC é uma concessão de serviço público de transmissão de energia, e responsável pela implantação e operação da Linha de Transmissão 500kV Governador Valadares 6 – Mutum – Rio Novo do Sul, localizada nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A TCC é uma coligada do grupo Alupar, uma holding de controle nacional privado com atuação no setor de energia, sendo a maior companhia 100% privada e uma das maiores no segmento de transmissão de energia elétrica no Brasil.
O PCSA já conta com o apoio da Reserva Águia Branca e a participação indispensável do Instituto Últimos Refúgios, nosso parceiro nas ações de comunicação.
SIGA O PROJETO NAS REDES SOCIAIS:
Para maiores informações: imd@institutomarcosdaniel.org.br
Telefone: 27 99245-3595
Programa de conservação da Saíra Apunhalada
“No Espírito Santo, ela dá o ar da graça.”
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O PCSA é uma realização:
- @imdbrasil
- Transmissora Caminho do Café / Alupar.
Parceria:
- @reservaaguiabranca
Apoio:
- @ultimosrefugios
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